Em declarações à Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse que a queixa será formalizada na segunda-feira, desconhecendo em que manifestações foram exibidas as mensagens e se estas resultam de atos isolados de manifestantes ou concertados de grupos.
Milhares de pessoas saíram no sábado às ruas de Lisboa, Porto e Coimbra contra o racismo e a violência policial, replicando protestos realizados noutros países na sequência da morte do afro-americano George Floyd, em maio, asfixiado por um polícia nos Estados Unidos.
Em comunicado, a ASPP/PSP dá o exemplo de uma mensagem escrita num cartaz exibido numa manifestação a mencionar que “polícia bom é polícia morto”.
“Esta mensagem, desenquadrada do motivo da manifestação, reflete bem a intenção de quem a exibia”, refere o sindicato, assinalando que “não são este tipo de mensagens que contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, mais livre e mais igual”.
O comunicado da ASPP/PSP sublinha que a queixa, por crime de “incitação ao ódio”, será apresentada no Ministério Público contra “todos aqueles que exibiram através de cartazes ou de qualquer outra forma, durante as manifestações, mensagens que promovem ou incentivam ao ódio contra os profissionais da polícia”.
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