Segundo o diretor-geral da FC Porto Media, citado pelo SJ, "o objetivo foi reduzir custos e, para isso, foi decidido separar o Porto Canal da estrutura global, em termos de orçamentos, recursos humanos e conteúdos".
Esta informação foi avançada ao SJ numa reunião, a pedido do órgão, realizada a 20 de julho com o diretor-geral da FC Porto Media, Manuel Tavares, e o diretor do canal televisivo, Júlio Magalhães.
Neste encontro, "os responsáveis confirmaram" ao SJ que esta reestruturação implicou a "redução do número de profissionais a trabalhar no Porto Canal, tendo sido dispensadas, ao todo, cerca de 20 pessoas, das áreas de informação, produção e grafismo, e fechadas quatro delegações, por alegada falta de retorno publicitário: Arcos de Valdevez, Guimarães, Bragança e Penafiel".
Manuel Tavares adiantou que, do total de profissionais dispensados, 10, que já trabalhavam em conteúdos afetos à atividade desportiva do FC Porto no Porto Canal, transitaram para os quadros da FC Porto TV, com contratos efetivos, segundo o sindicato.
Relativamente aos restantes, "foram dispensados através da não renovação de contratos a termo e da cessação de prestações de serviço (recibos verdes)", acrescentou o SJ, em comunicado.
Os conteúdos desportivos afetos ao FC Porto serão produzidos pelo canal digital FC Porto TV, enquanto os generalistas serão assegurados pelo Porto Canal, segundo a informação obtida.
Foi ainda realizada a separação de orçamentos e de gestão, com a Porto TV a dispor de dois milhões de euros e o Porto Canal de três milhões, num total de cinco milhões de euros resultantes da verba proveniente do contrato com a Altice/Meo referente aos direitos de distribuição do Porto Canal.
De acordo com o sindicato, Júlio Magalhães, quando questionado sobre o esvaziamento dos espaços informativos da estação de televisão, nomeadamente sobre a redução do número de noticiários, confirmou essa redução, justificando-a com "o período de férias, em que a redação dispõe de menos jornalistas, reconhecendo que essa redução foi maior neste ano porque coincidiu com a reestruturação interna, que levou à dispensa de pessoas".
"Em setembro, com a entrada da nova grelha, o Porto Canal vai assegurar três jornais generalistas (um deles será uma síntese) e um de desporto", de acordo com o diretor.
Atualmente, o Porto Canal conta com 22 jornalistas, todos eles nos quadros da empresa, referiu o diretor, garantindo que a continuidade do canal está assegurada, que a reestruturação está concluída e que não serão feitas mais reduções de pessoal.
"O SJ continuará a seguir este processo, de modo a defender o interesse dos jornalistas nele envolvidos", concluiu o órgão sindical que representa os jornalistas.
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