O Sindicato Independente dos Médicos considerou hoje que a demissão da ministra da Saúde era inevitável, sublinhando que já há algum tempo se assistia a uma dissociação da realidade por parte de Marta Temido relativamente aos problemas do setor.
Em declarações à agência Lusa a propósito da demissão da ministra da Saúde, Jorge Roque da Cunha disse compreender a decisão do primeiro-ministro, António Costa, em aceitar o pedido de Marta Temido.
“O Sindicato Independente dos Médicos nunca exige a demissão de membros do Governo porque isso compete aos portugueses escolher o primeiro-ministro e ao primeiro-ministro fazer as suas escolhas, mas na verdade, nos últimos meses temos assistido a uma dissociação da realidade por parte de Marta Temido quando no fim de semana passado ainda diz que contrataram milhares de profissionais de saúde e médicos, não atendendo às recomendações que a DGS efetuou ao facto de haver 1 milhão e 500 mil portugueses sem médicos de família, aos problemas permanentes das urgências de obstetrícia de medicina interna e da incapacidade de dialogar com os responsáveis do setor”, destacou.
A ministra da Saúde, Marta Temido, apresentou hoje a demissão por entender que “deixou de ter condições” para exercer o cargo, demissão que foi aceite pelo primeiro-ministro, António Costa.
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