As cinco organizações sindicais da Polícia de Segurança Pública que agora se juntaram numa coligação para exigir um aumento do suplemento de risco decidiram adiar o protesto no exterior da Assembleia da República “por questões de segurança pública, uma vez que é necessário não por em causa o empenhamento do efetivo policial”, disse à Lusa o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol).
Armando Ferreira precisou que grande parte do efetivo policial está numa situação de prontidão devido aos recentes tumultos na Área Metropolitana de Lisboa e à possibilidade de risco de desordem pública.
Apesar de ter sido adiado o protesto e por falta de espaço nas galerias do parlamento, foram acutelados os procedimentos legais que possibilitam a concentração de polícias em frente à Assembleia da República, mantendo-se a comunicação à câmara de Lisboa, avançou o presidente do Sinapol.
A coligação, composta pelo Sinapol, Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP), Sindicato da Defesa dos Profissionais de Polícia (SDPP), Sindicato Vertical de Carreira da Polícia (SVCP) e Sindicato de Polícia Pela Ordem e Liberdade (SPPOL), apela à participação dos polícias nas galerias da Assembleia da República para reivindicar a atualização do suplemento de risco para o valor auferido pelos profissionais da Polícia Judiciária.
Destes cinco sindicatos só dois tem direito a negociação com o Governo e fazem parte das quatro estruturas sindicais da PSP que em julho não chegaram a acordo com o Ministério da Administração Interna sobre a atribuição de um suplemento de risco, que se traduziu num aumento faseado de 300 euros até 2026.
Na altura ficou decidido que este aumento de 300 euros é pago em três vezes, tendo o pagamento de 200 euros já acontecido em julho, sendo o restante pago no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.
Armando Ferreira disse ainda que a discriminação entre polícias se mantém, sendo o protesto em frente à Assembleia da República adiado para uma nova data.
A coligação de cinco sindicatos da PSP exige também o cumprimento do estatuto profissional, nomeadamente quanto à idade da pré-aposentação, pagamento dos índices remuneratórios em falta e atualização dos valores referentes às ajudas de custos e serviços remunerados.
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