“O processo está muito atrasado o que nos preocupa. Existem cerca 400 trabalhadores na RTP inscritos no processo PREVPAP [Programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública] e há meses que este deveria ter sido concluído”, disse à agência Lusa Paulo Mendes, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV).
O dirigente, que falava no final de uma audição na Comissão de Trabalho e Segurança Social na Assembleia da República, acrescentou: "Estamos perto do final do ano e a única coisa que temos sobre esses 400 [trabalhadores precários] é o anúncio da entrada de 130. Faltam todos os outros”.
Paulo Mendes afirmou na audição que “a RTP continua a contratar mais precários” e que “o processo na RTP está longe de ter acabado, assim como o número de precários parece estar ainda a aumentar mais”.
O dirigente lamentou ainda o facto de a RTP em relação a 70 trabalhadores ter dado “parecer positivo” na Comissão de Avaliação Bipartida – CAB, mas que numa reunião posterior tenha informado a mesma comissão que “tinha mudado de opinião acerca desses trabalhadores”.
“Este foi um processo que prejudicou muito a imagem da RTP junto dos trabalhadores e até sob o ponto de vista moral, porque não se percebe porque é que a empresa mudou de opinião nesses casos”, lembrou o dirigente sindical.
Tratou-se de um caso que “causou grande problema junto dos trabalhadores e graves preocupações entre aqueles que os representam”, realçou à Lusa, dizendo que “é inadmissível a mudança de opinião nestes casos”.
Além disso, reiterou que além de ser “inadmissível o atraso” é também “inadmissível que o número de 130 seja apenas o único que neste momento está contabilizado porque eles [os precários] são muito mais do que isso”.
Paulo Mendes afirmou também à Lusa que no “PREVPAP estão inscritos cerca de 400 precários”, mas advertiu que “ainda falta emitir parecer” em relação a 270, que “estão fora do processo de integração agora”.
“Fora isso, a RTP continua a contratar precários o que é muito preocupante”, concluiu.
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