Sindicatos médicos propõem 35 horas semanais e aumento salarial de 30%

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A Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos concordaram hoje em apresentar uma proposta conjunta ao Governo na qual exigem a reposição das 35 horas semanais e um aumento de 30% do salário base.
Sindicatos médicos propõem 35 horas semanais e aumento salarial de 30%
Médicos gritam palavras de ordem durante uma concentração nacional de Médicos, no âmbito da qual é apresentada uma contraproposta à apresentada pelo Governo, que sirva os médicos e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), e para prestar esclarecimentos sobre a luta dos médicos e o impacto da greve na Jornada Mundial da Juventude, em frente ao Ministério da Saúde (Foto: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA) © 2023 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Em comunicado conjunto, os sindicatos exigem a reposição do horário semanal de 35 horas para todos os médicos que assim o desejem e das 12 horas semanais de trabalho no Serviço de Urgência.

Pedem também um aumento salarial transversal de 30% para todos os médicos.

“Acreditamos que com estas medidas é possível salvar a carreira médica e o Serviço Nacional de Saúde [SNS]”, afirmam.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) defendeu que, se houver cedência por parte da equipa ministerial nos três pontos apresentados haverá mais médicos no SNS.

“O que nós vemos é a uma saída de médicos. Está instalado o problema com os serviços de urgência, mas é só a ponta do icebergue”, disse Joana Bordalo e Sá, sustentando que aqueles profissionais de saúde “são necessários para fazer consultas (…), cirurgias, (…) [e] nos centros de saúde”.

Referindo-se à reunião agendada para sexta-feira no Ministério da Saúde, Joana Bordalo e Sá disse que espera que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, “deixe a sua teimosia e passe a ter uma postura (…) mais séria na mesa negocial”.

“A nossa expectativa não é alta. Nós não queremos mais truques e ilusionismos por parte de Manuel Pizarro, tendo em conta o histórico dos últimos 18 meses”, salientou.

Os sindicatos estiveram reunidos durante a tarde de hoje, véspera de mais uma ronda negocial com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“Tivemos estes últimos meses a pensar que íamos chegar a um acordo e no fim decidem [Governo] legislar unilateralmente. Percebeu-se que a abertura do outro lado foi nenhuma. Têm uma atitude unilateral sem acolher as nossas propostas”, acrescentou.

(artigo atualizado às 19h08)

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