O memorando de entendimento, que será assinado entre a Câmara de Sintra, a sociedade Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) e a empresa Infraestruturas de Portugal, responsável pela rede rodoviária nacional, visa agilizar procedimentos para a construção da ponte verde sobre o IC19.
A travessia sobre a principal ligação rodoviária entre Lisboa e Sintra, num investimento estimado de 4,4 milhões de euros, insere-se no Eixo Verde e Azul, projeto intermunicipal que se destina à criação de uma ligação pedonal e ciclável entre a serra da Carregueira, em Belas, e o mar, no litoral de Oeiras.
No memorando, a que a Lusa teve hoje acesso, as entidades comprometem-se a responder com rapidez às solicitações, nomeadamente assegurando “uma boa articulação e agilização, no sentido que se possam reduzir todos os tempos de resposta que não sejam exigidos legalmente”.
A assinatura do documento, na Matinha de Queluz, pelos presidentes das três entidades, é mais um passo para a construção de uma ponte verde sobre o IC19, que se assume “como um marco de nova identidade num território atualmente fragmentado na sua conceção funcional oitocentista”, referiu a autarquia.
O projeto inclui a construção de uma ponte pedonal entre a matinha dos jardins do palácio nacional e a Matinha, que fizeram parte da Real Quinta de Queluz, encontrando-se atualmente separadas pelo IC19.
Os trabalhos vão também assegurar a recuperação da ponte pedonal já existente que liga Queluz ao Casal dos Afonsos e a construção de outra ponte pedonal entre Queluz de Baixo e o futuro parque urbano do Outeiro das Forcadas, além da instalação de uma barreira acústica entre o IC19 e os jardins do Palácio de Queluz e a reabilitação da Azinhaga de Carenque.
A ponte sobre o IC19 terá uma “largura mínima no centro de 12 metros”, sendo percorrida por caminho pedonal em passadiço, acompanhado de espaço verde plantado com vegetação autóctone e vegetação “constituída por plantas suculentas, pequenos arbustos e geófitos”, refere a memória descritiva do projeto.
As barreiras acústicas serão constituídas por taludes de terra com plantações de vegetação arbórea e arbustiva, a construir entre IC19 e a ribeira de Carenque, paralelas ao muro de Queluz e a ligação entre Lisboa e Sintra.
O Eixo Verde e Azul pretende, a par da requalificação em torno do Palácio de Queluz, a renaturalização da envolvente do rio Jamor e afluentes, a constituição de um parque florestal na Quinta Nova e o controlo de cheias na ribeira de Carenque.
O programa foi objeto de um protocolo, assinado em 14 de julho de 2016, entre as câmaras da Amadora, Oeiras e Sintra e a PSML, com o propósito de criar um corredor ecológico ao longo do rio Jamor, incluindo um percurso pedonal e clicável de 15 quilómetros a unir os três concelhos.
O presidente da autarquia de Sintra, Basílio Horta (PS), salientou anteriormente que o Eixo Verde e Azul “concretiza a estratégia integrada de requalificação do rio Jamor e suas margens, da nascente à foz, aumentando a oferta de espaços verdes”.
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