O enviado especial da ONU para a Síria, que deve presidir a partir de terça-feira na Suíça a uma nova ronda de negociações entre o governo sírio e a oposição, precisou, durante uma vídeo-conferência com o Conselho de Segurança, que participará nessa “reunião preparatória”.
O Conselho de Segurança tem como membros permanentes os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Reino Unido e a França.
De Mistura anunciou ainda que o governo sírio “ainda não confirmou a sua participação” nesta oitava ronda de negociações políticas, tendo apenas enviado uma mensagem no domingo à noite a informar que “não chegaria hoje a Genebra”.
O emissário sublinhou que a ONU não aceitou “quaisquer pré-condições” para a participação nas conversações de paz quer do governo sírio, quer da oposição.
“Se ambas as partes vierem a Genebra, poderemos ter discussões substanciais”, declarou De Mistura.
Pela primeira vez a oposição síria disse na quinta-feira ter chegado a um entendimento para enviar uma delegação unificada.
Elaborar uma nova constituição, estabelecer um “governo credível, inclusivo e não sectário”, preparar eleições “sob supervisão das Nações Unidas” e combater o terrorismo são, segundo De Mistura, os temas na agenda desta oitava ronda de negociações.
As anteriores rondas de negociações não registaram avanços significativos em relação ao objetivo de acabar com uma guerra de mais de seis anos e que já causou mais de 350.000 mortos, obrigando milhões a abandonarem as suas casas.
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