Segundo números revelados à agência Lusa pela bastonária da Ordem dos Enfermeiros, entre 2010 e 2018 entraram no sistema 3.300 enfermeiros.
Os dados oficiais divulgados publicamente pelo Ministério da Saúde relativos ao primeiro trimestre deste ano, mostram que há mais 7.901 profissionais no Serviço Nacional de Saúde do que havia em novembro de 2015: mais 3.626 médicos, mais 3.072 enfermeiros, mais 291 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e mais 912 profissionais das restantes profissões.
Os números a que a Ordem dos Enfermeiros se reporta indicam que em 2010 havia 40.436 enfermeiros no sistema público e que atualmente há 43.687. A esmagadora maioria de novas entradas de profissionais ocorreu entre 2015 e 2018.
“Isto é uma vergonha para o país”, comentou a bastonária, Ana Rita Cavaco, lembrando que todos os anos têm saído muitos enfermeiros, a que acresce o facto de irem abrindo novos serviços, como em cuidados paliativos ou continuados, que exigem a presença de profissionais.
“Temos um grave problema de défice de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sublinhou, avisando que Portugal tem dos mais baixos rácios do mundo quanto ao número de enfermeiros por número de habitantes.
Ana Rita Cavaco recordou que as necessidades apontam para uma contratação de três mil profissionais por ano, o que representaria um investimento de 65 milhões de euros por ano.
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