“De acordo com dados preliminares, 19 pessoas morreram e 105 ficaram feridas”, informou o serviço estatal para situações de emergência ucraniano na rede social Telegram.
O balanço anterior, divulgado na noite de segunda-feira, indicava 14 mortos e 97 feridos nos bombardeamentos russos a várias cidades ucranianas, incluindo Kiev, que desde o final de junho não sofria ataques das tropas russas.
Além de Kiev, Lviv, Dnipro, Zaporijia, Sumi, Kharkiv e Jytomyr e outras tantas cidades foram atingidas por mísseis russos na segunda-feira.
Mais de 300 localidades ficaram sem eletricidade em todo o país na sequência destes ataques, que afetaram notavelmente as centrais elétricas, segundo a mesma fonte.
Na manhã de hoje, um novo ataque russo atingiu a cidade de Zaporijia, no sul do país, que tem sido atingida por bombardeamentos russos nas últimas semanas. Doze mísseis do tipo S-300 atingiram infraestruturas civis, matando uma pessoa, segundo o serviço estatal para situações de emergência.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou esses “maciços” bombardeamentos pelo ataque “terrorista” cometido no sábado por Kiev contra a ponte que liga o território russo à Crimeia (sul), península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, disse que onze grandes infraestruturas foram danificadas em oito regiões, além da capital.
A Ucrânia anunciou que interromperá as suas exportações de eletricidade para a Europa após esses ataques, pois os cortes de energia estão a afetar muitas regiões.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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