"A Universidade Autónoma Luis de Camões acaba de perder um dos seus pilares, deixando a Comunidade Académica mais pobre e de luto. A melhor homenagem que a UAL pode fazer ao Professor Luis Moita é honrar a sua memoria, continuando o combate por uma Universidade aberta ao Mundo, tendo sempre a Ética como fundamento de toda a ação. Tentaremos. Até sempre, Professor Luis Moita", afirma aquela entidade na nota.

Luís Moita foi um dos protagonistas da vigília da Capela do Rato, em 1972, e foi um estudioso da guerra e da paz, que cooperou com os países africanos.

O sociólogo, que se doutorou em Ética pela Universidade Lateranense, em Itália, em 1967, foi sacerdote católico e um opositor ativo contra a guerra e a ditadura, motivo pelo qual foi preso político em Caxias.

Além de vice-Reitor, Luís Moita foi membro do Conselho Científico da Universidade Autónoma de Lisboa, professor catedrático de “Teorias das Relações Internacionais”, diretor do Departamento de Relações Internacionais, e orientou durante largos anos a unidade de investigação OBSERVARE - Observatório de Relações Exteriores, refere o estabelecimento de ensino superior privado.

No comunicado, assinado por António de Lencastre Bernardo, Presidente do Conselho de Administração da Entidade Instituidora da Autónoma e pelo seu reitor José Amado da Silva, a universidade agradece o contributo que Luis Moita deu "para excelência do ensino, da investigação, e o prestígio que conferiu no seu percurso brilhante que muito contribuiu para a afirmação da Universidade".

"A vida do Luís Moita foi uma fonte. Os tantos e tantas que com ele aprendemos o que é ser gente decente e arrojada perdemos hoje um pilar da nossa vida", afirmou, por seu lado, o dirigente bloquista José Manuel Pureza. Luís Moita participou em 2014 na abertura do Fórum Socialismo em Évora.

O Bloco de Esquerda também endereça as sentidas condolências à sua família e amigos.