Em comunicado, a presidente da organização, Rita Silva, exige que seja feita uma fiscalização aos animais que permanecem na herdade de João Moura, detido por suspeitas de maus-tratos a cães em Monforte, distrito de Portalegre, e que quem denunciou a situação entre em contacto com a ANIMAL.
Na nota, Rita Silva indica que a ANIMAL “tomou conhecimento de que estes casos na herdade de João Moura não são de agora, o que muito lamenta”.
“Soubemos que a denúncia que despoletou todo este episódio foi anónima e, no que de nós depender, assim se manterá. Contudo, e para que possamos tentar ajudar os animais que lá ficaram, incluindo cadelas a amamentar e suas crias, apelamos a que a pessoa entre em contacto connosco. A sua identidade nunca será revelada por nós, garantimos, mas queremos iniciar todos os procedimentos legais possíveis para ajudar os outros animais e a ajuda dessa pessoa seria fundamental”, sublinha.
A presidente da organização destaca que a ANIMAL quer “fazer deste caso um caso exemplar”.
“Queremos que as pessoas repensem a forma como diferenciam os animais, cujo sofrimento é o mesmo independentemente da espécie a que pertençam. Queremos que o sofrimento atroz daqueles cães não tenha sido em vão”, remata.
A ANIMAL anunciou na semana passada que iria constituir-se assistente neste processo.
Também na semana passada, a organização SOS Animal referiu que iria constituir-se assistente no caso.
O cavaleiro tauromáquico foi detido na sequência do cumprimento de um mandado de busca à sua propriedade, que resultou ainda na apreensão de 18 cães.
Presente no mesmo dia a tribunal, para ser interrogado, foi-lhe imposto termo de identidade e residência, a medida de coação menos grave e que obrigatoriamente é aplicada a um arguido.
[Notícia corrigida às 12h44. Corrige no nome da associação —ANIMAL e não SOS Animais — a pedido da Agência Lusa]
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