"O Sporting CP irá apresentar queixa-crime contra Vítor Baía [vice-presidente e administrador da SAD do F. C. Porto], Sérgio Conceição [treinador da equipa] e Rui Cerqueira [ diretor de imprensa do clube]", lê-se numa nota publicada no site dos leões.
Na sequência das declarações do Presidente do Sporting CP na sala de imprensa do recinto portista, no final da partida, e quando este se deslocava para o autocarro da equipa, descreve o comunicado, "os três elementos, rodeados de vários seguranças, efetuaram uma espera a Frederico Varandas".
De acordo com os leões, "Rui Cerqueira abalroou de forma violenta" Varandas, "retirando-lhe da mão a carteira com telemóvel, cartões pessoais de identificação e cartões de crédito, colocando-se de imediato em fuga". O aparelho e os documentos não foram ainda encontrados, acrescenta a nota.
“Apesar da presença da polícia no local, o aparelho e os documentos não foram encontrados”, assinalou o Sporting, advertindo que “avançará com todos os esforços necessários para que os intérpretes destes atos sejam banidos dos recintos desportivos”.
Além da queixa-crime, o Sporting vai igualmente "fazer participação disciplinar com vista à interdição do estádio do Dragão".
“O que se passou ontem [sexta-feira], dentro e fora do relvado, é demasiado grave para não ter consequências”, sustentou o Sporting, denunciando que “o que se passa no futebol há 40 anos é responsabilidade da fraqueza das instituições, desportivas e fora delas, e das suas lideranças, que têm o dever de proteger o desporto e os cidadãos”.
No fim do encontro, que permitiu ao líder FC Porto manter seis pontos de vantagem sobre o Sporting, segundo classificado, Frederico Varandas acusou elementos da organização do jogo de terem agredido jogadores da sua equipa.
“No final do jogo, vimos elementos da organização do evento, com coletes azuis, invadir o campo e agredir os jogadores do Sporting. Está filmado. Isto é o pior do desporto em Portugal e ninguém tem coragem de dizer que isto não é normal”, disse o dirigente, na sala de imprensa do recinto portista, no final da partida, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas.
O líder do emblema lisboeta considerou que “este jogo reflete o que foram os últimos 40 anos do futebol português com Pinto da Costa”, presidente do FC Porto, dizendo ter visto no camarote do estádio “presidentes de câmara e ilustres políticos, todos a assobiarem para o lado, perante um espetáculo horrível e decadente”.
O ‘clássico’ terminou com desacatos entre jogadores e elementos das duas equipas, com o árbitro João Pinheiro a mostrar vários cartões vermelhos, já após o apito final: aos 'dragões' Marchesín e Pepe e os 'leões' Tabata e Palhinha, além de alguns elementos das estruturas.
Já com elementos das estruturas de ambas as equipas em campo, os jogadores dos dois conjuntos acabaram por ser separados, com o Sporting a ir para o balneário e o FC Porto a ficar mais uns instantes no relvado.
Paulinho (oito minutos) e Nuno Santos (34) colocaram o Sporting a vencer por 2-0, com Fábio Vieira (38) e Mehdi Taremi (78) empataram para o FC Porto, que jogou em vantagem numérica desde os 49 minutos, por expulsão de Coates.
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