Da ordem de trabalho para a reunião magna, marcada para as 14:30, no Pavilhão João Rocha, em Lisboa, constam oito pontos, todos de recursos das suspensões aplicadas pela Comissão de Fiscalização, em agosto último.
Bruno de Carvalho contesta a suspensão de um ano, dispondo de 15 minutos na AG para argumentar, enquanto os outros membros da direção por si liderada, Alexandre Godinho, Carlos Vieira, José Quintela, Rui Caeiro e Luís Gestas, recorrem de penas de 10 meses de suspensão. Já Elsa Judas e Trindade Barros incorrem em expulsão de sócio.
A votação sobre os recursos dos visados vai ser decidida por maioria simples, ou seja, 50% mais um voto dos presentes na reunião magna.
A 2 de agosto, a Comissão de Fiscalização (CF) justificou a suspensão de um ano a Bruno de Carvalho, por ter sido “o principal artífice e responsável da situação grave e antiestatutária criada” no clube.
A CF admitiu a existência de “matéria suficiente” para aplicar a Bruno de Carvalho a “sanção mais grave prevista” no Sporting - a expulsão de sócio -, mas optou por não o fazer por respeito “ao passado do clube” e tendo em conta “atenuantes”.
O presidente da Mesa da AG, Rogério Alves, assumiu o empenho do clube na salvaguarda da segurança dos participantes nesta reunião magna.
Bruno de Carvalho foi destituído da presidência do Sporting em AG, em 23 de junho, e impedido de concorrer às eleições do clube de Alvalade, das quais Frederico Varandas saiu como novo presidente.
O antigo líder ‘leonino’ está ainda acusado pelo Ministério Público da autoria moral do ataque à Academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio, sendo acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes classificados como terrorismo, não quantificados.
Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.
Na sequência do ataque, foram constituídos 44 arguidos, dos quais 38 estão em prisão preventiva. Bruno de Carvalho chegou a ser detido em 11 de novembro, mas foi libertado quatro dias depois com uma caução de 70.000 euros e sujeito a apresentações diárias às autoridades.
O ataque, que lançou o clube lisboeta em uma das maiores crises institucionais da sua história, levou nove futebolistas a pedirem rescisão de contrato, alegando justa causa, mas alguns deles recuaram na decisão e continuam a representar os ‘leões’.
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