“Iniciou-se um processo de averiguações face às ocorrência verificadas na semana passada, que dará origem, se for esse o caso, às consequentes responsabilizações”, esclarece à administração da empresa em comunicado.

Para a STCP, “importa assegurar que o exercício do direito à greve respeite igualmente o direito a trabalhar, sem coações e sem medo. Do mesmo modo, devem repudiar-se sabotagens e danos ao material circulante”.

O Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN) desvalorizou, em declarações à Lusa, os incidentes que marcaram a greve de há uma semana na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), negando propósitos de impedir o trabalho de motoristas não aderentes à paralisação.

“Aconteceu só um acidente em que o motorista 'atirou' o autocarro para cima de outro colega. O resto foi com a polícia, má compreensão da polícia. Houve alguma pressão por parte dos trabalhadores para entrarem nas instalações, até para usarem as instalações sanitárias, como sempre aconteceu em anteriores greves, e a polícia entendeu que aquilo era para não deixar o pessoal trabalhar”, relatou o dirigente sindical José Manuel Silva.

A PSP informou ter sido chamada a intervir na sexta-feira, 13 de agosto, em incidentes separados junto a duas estações de recolha da STCP, no Porto, envolvendo motoristas em greve que não quereriam deixar sair autocarros conduzidos por não aderentes à paralisação.

Os protestos foi convocado pelo Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte para os dias 13, 20, 26 e 27, deste mês, entre as 00:00 e as 02:00 do dia seguinte, para exigir um aumento salarial superior aos 15 euros propostos pela empresa.

Os trabalhadores consideram a proposta “insuficiente, porque não responde à questão central que é a desvalorização do salário dos trabalhadores relativamente ao salário mínimo nacional e à probabilidade do aumento da inflação”.

Questionada hoje pela Lusa, a administração da STCP esclareceu que foi acordada uma tabela salarial para 2021 com os quatro sindicatos que representam 87% dos trabalhadores sindicalizados da empresa (SNM, STTAMP, SMTP e SITRA), através da subscrição de um Memorando de Entendimento, e que faz parte do processo de recuperação salarial que teve início em 2018.

“A STCP e os quatro sindicatos em questão entendem este aumento salarial como intercalar e integrado no referido processo de recuperação. Para o ano de 2022 está desde já estabelecido um calendário negocial, que terá inicio em 1 de setembro próximo”, sustenta.

A administração da operadora de transportes urbanos do Porto acrescenta que o STRUN, representante de uma percentagem menor de trabalhadores, recusou em julho este acordo e apresentou os pré-avisos de greve na STCP para os dias 13, 20, 26 e 27 de agosto.

O protesto que hoje se iniciou às 00:00 e termina às 02:00 de sábado está a registar uma adesão de “cerca de 80%”, segundo o coordenador do STRUN.

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