“Uma hora de reunião deu para ficarmos no mesmo ponto onde estávamos”, disse a dirigente do STE à saída de uma reunião no Ministério das Finanças, em Lisboa, explicando que “não há perspetivas para que em 2017 o Governo dê mostras de querer descongelar as progressões na carreira”.
O programa do Governo remete essa matéria para 2018, mas os sindicatos querem, pelo menos, começar a sua negociação.
Reportando-se ao descongelamento das progressões nas carreiras, Helena Rodrigues disse também que o STE “não entende” a posição do Governo, pelo que fez notar ao executivo que “não é possível continuar a aceitar” a situação.
E prosseguiu: “Não aconteceu assim para todos os trabalhadores da Administração Pública. Alguns têm tido descongelamento de carreiras, alguns têm tido progressões, há uns quantos a quem não é descongelada a progressão na carreira e há também trabalhadores que há 10 ou 15 anos não têm qualquer progressão remuneratória”.
Para o STE, esta situação “não pode continuar” porque “senão é mais do mesmo. Continuamos a ter os trabalhadores da Administração Pública a empobrecer e tendemos para o salário mínimo nacional. Isto não é razoável”.
Os sindicatos da Função Pública reuniram-se hoje com a secretária de Estado da Administração e do Emprego Público e o secretário de Estado do Emprego para discutir a regularização das situações de precariedade e o descongelamento de carreiras.
Helena Rodrigues lamentou ainda que “não haja portaria nem nenhum diploma para resolver a precariedade”.
O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, informou na semana passada que os trabalhadores com vínculo precário no Estado podem começar este mês a solicitar a avaliação da sua situação laboral às comissões criadas junto dos ministérios.
O descongelamento das carreiras da Administração Pública é uma das reivindicações imediatas do STE, da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública.
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