“Temos duas formas de acabar com a ocupação do Afeganistão, a guerra santa e o combate ou as negociações. Se Trump quer parar com as discussões nós vamos adoptar a primeira opção e eles vão arrepender-se rapidamente”, ameaçou Zabihullah Mujahid, porta-voz talibã.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na segunda-feira que as negociações “tinham terminado bem” mas a imprensa norte-americana refere-se a divergências entre membros da administração norte-americana sobre a retirada das tropas.

Por outro lado, um outro porta-voz dos talibãs afirmou hoje que se mantém os contacto com a delegação dos Estados Unidos, no quadro das conversações de paz para o Afeganistão, mas adiantou que foi enviado para Washington um pedido de explicações sobre a suspensão do diálogo.

“Ainda estamos em contacto com a equipa negocial dos Estados Unidos e o canal de conversações continua aberto”, disse Suhail Shaheen, porta-voz do Gabinete Político dos talibãs, através de uma declaração registada em vídeo.

De acordo com Shaheen, que se encontra em Doha, os talibãs pediram “uma explicação oficial” sobre a suspensão das negociações de paz e esperam uma resposta por parte de Washington.

Os Estados Unidos e os representantes dos talibãs, que controlam uma parte significativa do território afegão, mantêm contactos há mais de um ano no quadro das negociações que decorriam no Qatar.

No essencial, as negociações pretendem pôr fim a duas décadas de guerra no Afeganistão sendo que recentemente foi divulgado um documento provisório que prevê a retirada de cinco mil soldados norte-americanos num período de 135 dias.

“O acordo foi finalizado pelas partes, queremos que esta guerra se resolva através de meios pacíficos”, disse Shaheen na mesma mensagem acrescentando que os talibãs se tinham comprometido em promover um cessar-fogo antes da assinatura do documento final.

Mesmo assim, o presidente dos Estados Unidos cancelou no domingo uma reunião secreta que ia juntar altos comandos das forças talibãs e o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani.

Trump cancelou o encontro depois de um atentado que provocou a morte de 12 pessoas, incluindo um soldado dos Estados Unidos, na quinta-feira passada, em Cabul.

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