“Não é uma decisão fácil, porque estamos a falar de pessoas, mas estamos a tentar fazer tudo para garantir que esta decisão e a sua implementação é feita respeitando os nossos trabalhadores, a experiência que eles têm em engenharia e toda a lealdade que têm para com a companhia”, afirmou Ourmières-Widener.
Segundo a responsável, a Manutenção & Engenharia Brasil (ex-VEM – Varig Engenharia e Manutenção), tem atualmente 500 trabalhadores, após várias reestruturações que incluíram despedimentos, estando no ativo, pouco menos de 400.
A ideia, explicou, é encerrar de forma gradual a operação, passado o “período de tempo suficiente, fechar a operação”, sendo que as discussões com os sindicatos no Brasil arrancam hoje.
“É uma decisão absolutamente consistente com o plano de reestruturação - temos sido muito diligentes no sentido de assegurar que assim é - nós tentámos vender, mas a indústria está a atravessar uma crise massiva”, disse a presidente executiva, adiantando que foram feitas algumas tentativas de venda do negócio de manutenção no Brasil, no ano passado, “mas não foram bem-sucedidas”.
“Chegámos à solução que temos em cima da mesa hoje, depois de considerar todas as outras opções antes”, garantiu, acrescentando que apesar de difícil, é uma decisão “crítica” para o sucesso do plano de reestruturação.
O Grupo TAP decidiu encerrar as operações de Manutenção e Engenharia Brasil (TAP ME), como parte do plano de reestruturação aprovado por Bruxelas em dezembro, disse hoje à Lusa a presidente executiva da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener.
"Depois de uma análise aprofundada e muitos estudos, a TAP decidiu fechar a Manutenção & Engenharia no Brasil e encerrar de forma gradual a operação no Brasil e hoje vamos discutir com os trabalhadores, claro, que são a principal prioridade, mas também discutir com os nossos clientes", anunciou Ourmières-Widener em declarações à agência Lusa.
A Comissão Europeia informou em 21 de dezembro que aprovou o plano de reestruturação da TAP e a ajuda estatal de 2.550 milhões de euros, mas impôs condições, incluindo a separação dos ativos não-essenciais, nomeadamente o negócio de manutenção no Brasil, e os de 'catering' (Cateringpor) e de 'handling' (Groundforce).
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