"Entendemos que ignorar esta área essencial ao SNS [Serviço Nacional de Saúde] (…) parece-nos uma tentativa de omissão para os problemas deste serviço crítico que assume um papel fundamental na vida dos portugueses", refere a ANTEM numa nota à imprensa.

Para a associação, a área dos cuidados pré-hospitalares "carece de medidas profundas de reestruturação e também de um plano de emergência com medidas concretas e urgentes".

O Governo apresentou na quarta-feira um plano de emergência para a Saúde com medidas para vigorar até 2025 em resposta ao estado que considerou preocupante do setor.

Entre as medidas contam-se a criação de centros de atendimento clínico, para atender situações agudas de menor complexidade e urgência, e 20 unidades de saúde familiar para 180 mil utentes, a atribuição de incentivos para cirurgias oncológicas e um canal de atendimento direto para grávidas.

A ANTEM esperava que entre essas medidas constasse a criação de "uma carreira extensiva a todos os prestadores" de cuidados médicos pré-hospitalares.

Na nota, a Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica manifesta a sua incompreensão pela "indisponibilidade do SNS em restruturar um sistema que falha desde logo pelos atrasos na resposta e pela embaraçosa assimetria do litoral para o interior".