A greve, convocada pelo Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais (SindDGRSP), vai decorrer entre hoje e sexta-feira para os técnicos profissionais de reinserção social e no último dia para os restantes técnicos da DGRSP, num universo que abrange aproximadamente 1.000 trabalhadores.
O presidente do SindDGRSP, Miguel Gonçalves, disse à Lusa que as carreiras foram revistas em 2008, mas desde essa data os trabalhadores só receberam “promessas”, aludindo ainda à degradação das condições de vida destes profissionais.
Para o presidente do SinDGRSP, a expectativa dada pela tutela de abertura de concurso para recrutar uma centena de trabalhadores em 2023 não resolve os problemas do setor, face à não-atualização das carreiras e dos vencimentos.
“Essas pessoas ganhavam há cinco ou seis anos 200 euros acima do salário mínimo nacional. Como são carreiras não revistas, os auxiliares técnicos vão ganhar mais do que eles, portanto, não sei quem vai concorrer. Vão abrir o concurso para quê, se vão ganhar o salário mínimo e menos do que os vigilantes que estão lá a olhar para o exterior das instalações?”, questionou.
Segundo o sindicalista, com a greve, os centros educativos vão ter de ficar fechados, porque os serviços mínimos implicam isso: “não há visitas, não há contactos com as famílias”, acrescentando que esses efeitos podem alargar-se à monitorização das pessoas em vigilância eletrónica.
Comentários