“Temos de acabar com esta epidemia de violência com armas de fogo no nosso país de uma vez por todas. Não há nenhuma razão para tolerar isto”, afirmou a candidata democrata às eleições presidenciais de 5 de novembro próximo, num discurso de campanha proferido no Estado de New Hampshire.

Classificou ainda este acontecimento como uma "tragédia sem sentido”.

“É simplesmente ultrajante que todos os dias no nosso país, nos Estados Unidos da América, os pais tenham que mandar os seus filhos para a escola preocupados se eles vão voltar para casa vivos ou não”, disse Harris.

“Temos que parar com isto”, sublinhou, e acrescentou que “não precisa ser assim”.

Pouco antes, também Presidente norte-americano, Joe Biden, tinha lamentado o tiroteio ocorrido na Apalachee High School, em Winder, no Estado da Geórgia que, além de quatro mortos, causou também nove feridos, sublinhando que estes incidentes não podem ser normalizados e desafiando os republicanos a apoiar iniciativas legislativas para o controlo de aquisição de armas de fogo.

“Não podemos continuar a aceitar isto como normal”, disse o Presidente, num comunicado divulgado pela Casa Branca.

Biden observou que o que poderia ter sido uma “feliz temporada de regresso às aulas em Winder, na Geórgia, tornou-se mais um terrível lembrete de como a violência armada continua a destruir” as comunidades do país.

“Os alunos estão a aprender a baixar-se e a proteger-se em vez de ler e escrever (…) Acabar com esta epidemia de violência com armas de fogo é algo pessoal para mim”, acrescentou.

Segundo Biden, essa é a razão pela qual assinou a lei bipartidária para comunidades mais seguras e pela qual anunciou dezenas de ações executivas para proteção contra tal violência.

“Fizemos progressos significativos, mas esta crise precisa de ainda mais”, sublinhou, observando que “os republicanos no Congresso devem finalmente (…) trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação sensata sobre segurança de armas”, acrescentou o Presidente.

Biden reiterou igualmente o seu apelo para proibir as armas de assalto e acabar com a imunidade dos fabricantes: “Essas medidas não devolverão a vida àqueles que hoje tragicamente a perderam, mas ajudarão a evitar que novos atos trágicos de violência armada destruam mais famílias”, concluiu.

Recorde-se que até ao momento registam-se pelo menos quatro mortos, mas o xerife do Condado de Barrow, Geórgia, já informou que várias pessoas ficaram feridas e os números são apenas provisórios, sendo que a imprensa norte-americana aponta para pelo menos 30 feridos.

Uma pessoa foi detida, um rapaz de 14 anos, e estão no local várias agências policiais, bombeiros e equipas de serviços de emergência. O indivíduo sob custódia é um estudante, que frequentava a escola.