No despacho da subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, datado de 12 de novembro e publicado hoje no DR, é destacada a importância desta “manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade e a articulação com as exigências de desenvolvimento sustentável e de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos”.
A candidatura, apresentada pela Câmara Municipal de Coruche em 2018, insere-se no domínio das “competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais” em atividades extrativas, sendo a tiragem da cortiça ou descortiçamento definida como “a operação que permite a extração da cortiça do sobreiro”.
“É o saber-fazer associado à separação da camada de cortiça que acompanha o ciclo de crescimento do sobreiro – sem ter consequências na vitalidade da árvore e permitindo a sua regeneração cíclica e integral – que caracteriza a atividade do tirador e lhe confere grande responsabilidade e um elevado grau de especialização incomparável a qualquer outra atividade florestal, agrícola ou pecuária que igualmente se desenvolve no montado”, lê-se na Ficha de Património Imaterial.
“Trata-se de uma atividade sazonal que se realiza fundamentalmente entre os meses de maio e agosto durante a fase mais ativa do crescimento vegetativo da árvore”, acrescenta.
Para o município, a validação da classificação como património cultural imaterial é um passo importante para uma candidatura desta arte a Património Cultural da Humanidade.
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