Esta é a quinta paralisação, em cerca de quatro meses, convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL).
“Vamos fazer mais um dia de paralisação no dia 01 de fevereiro e greve ao trabalho extraordinário durante o mês de fevereiro em resposta à política de baixos salários que esta administração está a adotar”, justificou à Lusa o presidente da SITRL, João Casimiro.
Além da questão salarial, o sindicalista alertou para o facto de estarem a sair cada vez mais motoristas da RL para outras empresas do setor que “pagam muito melhor” e para as dificuldades de recrutamento.
“A Rodoviária tem uma média de saída de 20 motoristas por ano. Há uma grande dificuldade em recrutar. Os encargos para tirar a carta de transporte público são grandes e, para vir ganhar quase o ordenado mínimo, não compensa. Os salários são muito baixos e a responsabilidade é muita”, argumentou.
Devido a essa dificuldade em recrutar, João Casimiro relatou situações em que o serviço prestado é condicionado e que não estão a ser feitas “muitas circulações”.
“A Rodoviária não consegue manter motoristas na empresa suficientes para efetuar o serviço. Não são feitas muitas circulações e isso faz com que os nossos passageiros fiquem nas paragens tempos muito elevados”, alertou.
Os trabalhadores da RL reivindicam um aumento salarial já para este mês de 750 euros, de forma a compensar a subida do salário mínimo.
Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL, é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 705 euros.
A Lusa contactou a Rodoviária de Lisboa, mas não obteve resposta, até ao momento.
A Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.
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