“Respeito é de facto o que os trabalhadores estão a pedir”, disse à Lusa o porta-voz dos trabalhadores da TSF, Filipe Santa-Bárbara, advertindo que o primeiro motivo se prende com o facto de “nos últimos dois meses [a administração] ter atrasado o pagamento dos salários”, sem qualquer aviso ou justificação.
O segundo motivo que levou à primeira greve em 35 anos desde que a rádio TSF existe, prende-se com o facto de, “depois de meses de negociação, através do Sindicato dos Jornalistas para os ajustes salariais decorrentes da inflação”, a administração não respondeu.
“Decidimos aprovar a proposta da administração, embora esta ficasse aquém do desejado pelos trabalhadores", mas como era intenção da administração implementar aquelas medidas em todo o grupo e as outras marcas do grupo não aceitaram, "nunca mais tivemos resposta à negociação", que, no entanto, não foi rejeitada pelos trabalhadores da TSF, prossegue Santa-Bárbara.
Um terceiro motivo para pedirem “respeito”, tem a ver com o facto de o anterior diretor de Informação Domingos de Andrade, que “sempre lutou pela autonomia editorial e defendeu esta redação, sair do dia para a noite”, salientou o porta-voz dos trabalhadores da TSF.
“Apenas soubemos por comunicado. Foi nomeado um novo diretor o que também soubemos pelo comunicado, ao arrepio do que está previsto na lei, nomeadamente o Estatuto do Jornalista que prevê que o Conselho de Redação seja auscultado para a destituição ou para a nomeação e chegámos [assim] ao limite de ter de pedir respeito com uma greve de 24 horas aqui à porta da rádio”, adiantou o jornalista e porta-voz dos trabalhadores da rádio.
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