“Os últimos sete anos têm sido marcados por um reforço substancial na Administração Pública em termos de recursos humanos, recuperando um forte corte que colocou em causa a capacidade de resposta dos serviços”, assinalou Mariana Vieira da Silva, que falava na comissão parlamentar de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local.
Segundo os dados avançados pela governante, em comparação com 2015, existem agora mais 75.000 trabalhadores na Administração Pública, o que se traduz num aumento de 11% “com foco na melhoria da qualidade dos serviços”.
Deste total fazem parte, por exemplo, mais 12.500 enfermeiros, um ganho de 30% face a 2015, e 6.500 médicos, um aumento de 24%.
Somam-se também 7.300 professores (+5,7%) e 15.500 assistentes operacionais e outros auxiliares (+10%).
“Os últimos 10 meses têm permitido aprofundar este caminho de valorização e capacitação da Administração Pública, através da negociação e do acordo plurianual”, assinalou.
No âmbito deste acordo, assinado com o Sindicato de Quadros Técnicos do Estado (STE) e com a Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (FESAP), Mariana Vieira da Silva destacou um aumento superior a 100 euros na carreira de técnico superior desde janeiro, o que permitirá obter um progresso médio de 5,6% até ao final do ano.
Por outro lado, para os assistentes operacionais foi criada uma diferenciação de dois níveis, onde se inserem, respetivamente, os trabalhadores com 15 ou 30 anos de serviços.
Esta medida beneficia, atualmente, aproximadamente 38.000 assistentes operacionais.
“Temos procurado, ao longo destes anos, melhorar a atratividade das carreiras da Administração Pública […], valorizando, à entrada, os graus [de formação]. Queremos valorizar as carreiras com equilíbrio, garantindo a sustentabilidade deste percurso”, sublinhou.
Comentários