“Ainda que se verifique uma diminuição do número de dadores falecidos no global, constata-se um aumento do número de dadores em morte cerebral, com uma ligeira diminuição da média de idade do dador”, refere um comunicado do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
O mesmo documento indica que também a transplantação de órgãos aumentou em cerca de 2%, com mais 10 transplantes do que em igual período de 2018.
“Este aumento traduz-se ainda num aumento da taxa de aproveitamento dos órgãos, que passou de 75% no primeiro semestre de 2018, para 81% em 2019”, refere o IPST.
O organismo acrescenta que o número de transplantes renais de dador vivo aumentou cerca de 33%, depois de no primeiro semestre de 2018 ter sofrido uma diminuição de 40% face a 2017.
Os dados do IPST foram divulgados enquanto o Ministério da Saúde e o Ministério da Defesa Nacional assinalavam o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação numa cerimónia que decorreu na Base Aérea n.º6, no Montijo.
O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, disse que o papel das Forças Armadas é garantir o transporte de órgãos e que existe uma colaboração intensa entre os militares, o Ministério da Saúde e os diversos hospitais do país.
“Existe praticamente o mesmo número de horas de voo de vigilância e de evacuações sanitárias e de transporte de órgãos”, afirmou o ministro da Defesa sublinhando o papel da Força Aérea.
“O trabalho é de enorme delicadeza, exige rapidez e uma grande coordenação e a Força Aérea tem aqui um papel do qual nos orgulhamos muito e, felizmente, hoje há muitos portugueses vivos graças a esse trabalho da Força Aérea”, disse ainda João Gomes Cravinho.
A ministra da Saúde, Marta Temido, referiu-se ao percurso dos profissionais portugueses que ao longo de cinco décadas permitiram que Portugal seja hoje um país “que também salva vidas por conta da técnica de transplante”.
Os dois governantes contactaram com militares presentes na cerimónia e que explicaram o desempenho das várias equipas envolvidas em missões ligadas à Saúde, nomeadamente as tripulações do Falcon, C-295, C-130, EH-101, Lynx, e das equipas da câmara hiperbárica, e da unidade de defesa nuclear, biológica, química e radiológica.
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