“Continua a faltar, como é público, as instalações do internamento pediátrico para o qual ainda não temos solução à vista”, afirmou António Oliveira e Silva, frisando, a este propósito, que no que ao centro hospitalar de São João diz respeito, “todas as informações pedidas foram fornecidas”.
O presidente da administração do “São João” salientou que com o novo Centro Ambulatório Pediátrico, que estará a funcionar em pleno da próxima quinta-feira, a área de tratamento do hospital de dia de oncologia pediátrica é “basicamente o dobro do que era até agora, com áreas lúdicas e mais confortáveis, para as crianças e pais”.
“Em relação ao tratamento das crianças com problemas oncológicos penso que este espaço nos permite resolver o problema de imediato. Subsiste, no entanto, o problema do internamento, embora tenhamos feito alterações de maneira a tentar sustentar as instalações provisórias durante o espaço de tempo previsto para a construção da nova ala”, acrescentou.
Segundo Oliveira e Silva, “prevê-se que a partir do momento em que o projeto seja aprovado e os trâmites processuais do concurso sejam concluídos, a obra da nova ala pediátrica seja concluída em dois anos”.
Vários pais têm denunciado que a prestação de cuidados a crianças com cancro no “São João” era feita num corredor, sublinhando também o mau estado de conservação dos quartos de internamento, nomeadamente a existência de buracos na parede, que deixam entrar frio.
Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
O projeto, denominado “Joãozinho”, está orçado em cerca de 22 milhões de euros. O hospital tem cerca de 19 milhões de euros depositados numa conta, mas falta luz verde das Finanças para que os possa utilizar.
O presidente do Hospital de São João, António Oliveira e Silva, admitiu em abril, que as condições do atendimento pediátrico são “indignas” e “miseráveis”, lamentando que a verba para a construção da nova unidade não seja desbloqueada.
“Há um protocolo assinado, temos um projeto pronto para entrar em execução e não temos o dinheiro libertado que torne possível a execução desse projeto”, afirmou António Oliveira e Silva.
Na ocasião, o responsável disse que as obras que não dependem dessa verba têm vindo a ser realizadas, nomeadamente o novo centro ambulatório para a pediatria, hoje inaugurado.
O novo Centro Ambulatório Pediatrico foi construído em oito meses e custou 800 mil euros. Ocupa uma área de mil metros quadrados e 39 espaços para assistência médica. de enfermagem, exames e tratamentos. O número de salas para tramento de quioterapia passou de cinco para sete.
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