Em entrevista à estação televisiva norte-americana Fox News, o ex-Presidente republicano disse que a equipa democrata partilha as ideias do senador Bernie Sanders, um dos mais progressistas do Congresso dos EUA.
“Não podia estar mais entusiasmado” por Harris ter feito esta “escolha chocante”, disse Trump, referindo-se a Walz.
“Essa candidatura quer que este país se torne comunista imediatamente, se não antes. Não queremos segurança. Não queremos nada. Ele é muito a favor dos transexuais”, disse Trump.
O ex-Presidente alegou que Walz é mais radical do que Harris em questões como a imigração e o crime.
Trump sugeriu ainda que irá debater com Harris muito em breve, apesar de, ainda recentemente, ter dito que não deveria comparecer no debate agendado para a cadeia televisiva ABC, sugerindo um outro debate na cadeia Fox News.
“Não sei como (Harris) debate. Ouvi dizer que ela é uma pessoa um bocado desagradável (…), mas não é uma boa debatedora. Mas veremos, porque vou debater com ela, penso eu, num futuro muito próximo”, disse Trump.
Harris aceitou participar no debate da ABC News e criticou Trump por o ter cancelado na semana passada.
Sobre a escolha para candidato a vice-Presidente na equipa democrata, Trump disse que Harris rejeitou o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, outro dos seus candidatos à vice-presidência, por este ser judeu.
A vice-Presidente optou por Walz, de 60 anos, que se tornou um favorito dos progressistas, excluindo Shapiro, um judeu praticante cujos comentários sobre Gaza irritaram o setor pró-palestiniano do partido.
Ao escolher Walz – a quem os republicanos chamam “esquerdista radical” – Harris procura atrair os eleitores brancos para o centro-oeste, região considerada fundamental para vencer as eleições presidenciais de 5 de novembro.
Na entrevista à Fox News, Trump mencionou um telefonema que Walz lhe fez durante a pandemia, quando o republicano era Presidente, para pedir ajuda porque a sua casa estava cercada por manifestantes contra o confinamento.
Trump disse que o democrata lhe pediu para difundir a mensagem de que ele era uma boa pessoa.
“Eu fiz isso. (…) E todos baixaram as suas bandeiras e saíram com as bandeiras consigo”, recordou Trump.
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