Segundo a BBC, Donald Trump afirmou numa conferência de imprensa organizada na Casa Branca que os EUA vão sair da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Porque falharam em fazer as reformas necessárias e requeridas, vamos hoje terminar a nossa relação com a Organização Mundial da Saúde e direcionar esses fundos a outras entidades de saúde globais", disse o presidente dos EUA, citado pela emissora britânica.
A medida, continuou Trump, está relacionada com a relação entre a OMS e a China, sendo que o Pequim, para o líder norte-americano, "pressionou a Organização Mundial da Saúde a enganar o mundo".
Segundo Trump, o mundo está "a sofrer por resultado da má conduta do governo chinês", acusando a China de "instigar uma pandemia global que já custou 100 mil vidas norte-americanas".
O presidente norte-americano parece assim concretizar as ameaças que já vinha a fazer quanto a possibilidade de parar permanentemente o financiamento dos EUA à OMS e de retirar o país da organização. No início deste mês, o Presidente norte-americano tinha feito um ultimato à OMS, ameaçando cortar a ligação à organização se não fossem feitas reformas profundas na sua estrutura e no seu ‘modus operandi’.
Trump já tinha anunciado a 14 de abril a suspensão temporária das contribuições, no valor que está estimado em cerca de 400 milhões de euros anuais, o que corresponde a 15% do orçamento da organização.
Donald Trump acusou no passado dia 18 de maio a OMS de ser “uma marioneta da China” e divulgou no Twitter uma carta que enviou ao diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ameaçando tornar permanente o congelamento temporário de contribuições dos Estados Unidos.
O orçamento da OMS é fixado por períodos de dois anos. Em 2018 e 2019 ascendeu a 5,62 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros).
Até agora o maior contribuinte para a OMS, os Estados Unidos davam anualmente 400 a 500 milhões de dólares à organização, entre contribuições obrigatórias e voluntárias.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 360 mil mortos e infetou mais de 5,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,3 milhões de doentes foram considerados curados.
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