“É minha grande honra anunciar que foi concedido ao general Michael T. Flynn o perdão total. Parabéns para Michael Flynn e a sua fantástica família, sei que terão agora um Dia de Ação de Graças verdadeiramente fantástico”, escrever o republicano Donald Trump na rede social Twitter, ao início da noite de hoje.
Flynn era uma das peças mais importantes na investigação do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla inglesa) sobre suspeitas de acordo entre a candidatura de Trump e Moscovo, aquando das eleições presidenciais de 2016, que o republicano venceu.
A investigação dominou os primeiros dois anos do mandato de Trump, mas acabou sem apresentar evidências de conluio.
O general Michael Flynn participou na campanha de Trump e depois das eleições manteve contactos confidenciais com o embaixador russo em Washington, Sergei Kisliak, em dezembro de 2016.
Nomeado assessor para a segurança nacional do país, Flynn foi interrogado em 24 de janeiro de 2017 pelo FBI, mas ocultou que tivesse mantido quaisquer contactos com Moscovo. Acabou por renunciar porque também mentiu ao vice-presidente cessante, Mike Pence, sobre estes contactos.
Nesse ano, Flynn declarou-se culpado de perjúrio e concordou em cooperar com a investigação sobre a ingerência russa.
Contudo, o general, que mudou, entretanto, de advogado, alterou a estratégia em 2019 e alegou que estava a ser vítima de manipulação, razão pela qual pediu o cancelamento da investigação.
Em maio, o Departamento da Justiça, liderado por Bill Barr – um dos maiores apoiantes de Donald Trump – decidiu retirar as acusações contra Flynn, uma decisão inédita e que foi fortemente contestada uma vez que o general já se tinha declarado culpado.
A investigação, no entanto, poderia ter sido reaberta pela administração de Biden, que deverá chegar à Casa Branca em 20 de janeiro (dia da tomada de posse), mas o perdão de Trump encerra definitivamente o assunto.
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