"O que vamos fazer é encontrar as pessoas que são criminosas ou têm registo criminal, membros de gangues, traficantes de drogas - provavelmente dois milhões, até podem chegar a três milhões - (...) e ou vamos expulsá-las do nosso país ou vamos encarcerá-las", disse Trump numa entrevista que será transmitida pelo canal televisivo CBS às 22:00 de Lisboa.
"Mas vamos expulsá-las do nosso país, estão cá ilegalmente", disse o futuro Presidente, acrescentando que depois da fronteira ser "segura", as autoridades responsáveis pela emigração vão fazer uma "determinação" sobre os restantes imigrantes sem documentos que ficarem no país.
"Depois de a fronteira ficar segura e depois tudo estar normalizado, vamos fazer uma determinação sobre as pessoas de quem estão a falar, que são ótimas pessoas, mas vamos fazer uma determinação sobre isso", disse.
"Mas antes de fazermos essa determinação, é muito importante, vamos tornar as fronteiras seguras", acrescentou.
Questionado sobre se realmente vai construir um muro ao longo da fronteira com o México, uma das mais mediáticas e controversas propostas eleitorais de Trump, o vencedor das eleições respondeu: "Sim".
Depois da vitória de terça-feira, o Governo do México veio novamente garantir que não iria financiar a construção do muro, e o vice-presidente da equipa de transição da nova Presidência, o republicano Newt Gingrich, quando questionado sobre o tema, respondeu que o muro tinha sido "um grande instrumento de campanha".
Na entrevista, a primeira desde que venceu as eleições de terça-feira passada, Trump admitiu ainda que o muro pode ser parcialmente substituído por uma cerca, acolhendo as ideias de alguns congressistas republicanos.
"Para certas áreas, sim, mas noutras áreas, um muro é mais apropriado", disse, acrescentando: "Eu sou muito bom nisto, chama-se construção".
Na conversa com a jornalista, que inclui segmentos com a mulher, Melanie, e os filhos, Trump revelou que ganhou 100 mil seguidores no sábado nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, e explicou porque razão usa tanto o Twitter, quando foi questionado se iria "continuar a disparar o que lhe passava pela cabeça" quando chegar à Casa Branca.
"Vou ser muito comedido, se o usar sequer", respondeu, referindo-se ao Twitter. No entanto"É uma forma moderna de comunicação, não há nada que ter vergonha. Juntando o Twitter, o Facebook e o Instagram, tenho 28 milhões de pessoas, dá para passar a mensagem. Quando alguém escreve uma má história sobre mim, ou a história é imprecisa, tenho um meio de ripostar".
"O facto de [estas redes sociais] terem tanto poder ajudou-me a ganhar as corridas nas quais eles [a campanha democrata] gastaram mais dinheiro do que eu", disse ainda Trump.
Comentários