"Estou oficialmente a oferecer a Joe a oportunidade de se redimir perante o mundo inteiro", disse Trump num comício de campanha em Doral, na Florida.

"Vamos fazer outro debate esta semana para que o sonolento Joe Biden possa provar a todo o mundo que tem o que é preciso para ser presidente, mas desta vez será de homem para homem, sem moderadores, sem barreiras, basta dizer onde, a qualquer hora", frisou.

Segundo a CNN internacional, Trump referiu-se ainda ao momento do debate anterior em que falaram de golfe, pelo que desafiou também Biden para "uma partida de golfe de 18 buracos" em Doral.

No debate da CNN, uma pergunta sobre se Trump ou Biden estão aptos a liderar o país transformou-se numa disputa sobre quem é o melhor jogador de golfe. Nesse momento, Trump disse que Biden não conseguia lançar uma bola de golfe a 50 metros e Biden desafiou Trump para uma partida de golfe, mas apenas se Trump levasse os seus próprios tacos.

Recentemente, o ex-Presidente dos Estados Unidos afirmou que "o ego" do presidente Joe Biden o vai manter agarrado à indicação democrata, apesar das pressões para abandonar a corrida presidencial.

"Parece-me que ele vai ficar (...) tem o seu ego e não se quer demitir", disse, na segunda-feira, Trump em declarações telefónicas à cadeia de televisão norte-americana Fox News.

O único candidato do Partido Republicano às presidenciais norte-americanas opinou que se os críticos de Biden conseguirem "forçar a saída" será a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, a assumir a candidatura: "Acho que eles estão muito preocupados com os votos e, se não for ela, não acho que queiram outra opção".

Esta foi a primeira vez que Trump falou publicamente depois do debate presidencial, onde o fraco desempenho de Biden desencadeou uma crise política no Partido Democrata.

Até agora, nove membros do Congresso dos EUA pediram a Biden para desistir da corrida. Quatro democratas fizeram-no em privado, no domingo, num telefonema com o líder da minoria da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), Hakeem Jeffries, noticiaram meios de comunicação locais como a CNN e a CBS.

Ao mesmo tempo, dezenas de comentadores, colunistas e o conselho editorial do The New York Times apelaram publicamente ao Presidente norte-americano para terminar a campanha e abrir caminho a outro candidato para enfrentar Trump em novembro.

Biden rejeitou categoricamente a ideia e pediu aos democratas, na segunda-feira, para acabarem com "o drama" interno e concentrarem-se em derrotar Trump.

Numa carta de duas páginas dirigida aos membros do partido no Congresso, o presidente, de 81 anos, argumentou que "a questão de como seguir em frente foi levantada publicamente há mais de uma semana", tendo chegado a altura de "isto acabar".

Biden sublinhou ainda que o partido tem "apenas uma tarefa": derrotar Trump nas urnas.

Atualmente, de acordo com uma sondagem do The New York Times e do Siena College, os democratas estão divididos sobre se Biden deve continuar a ser o candidato do partido à presidência, com 48% a favor e 47% a favor de outro candidato, depois do debate frente a Trump.