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A equipa médica que assiste o Presidente norte-americano reforçou a ideia de que Donald Trump está a responder bem aos tratamentos e que até pode vir a ter alta já nesta segunda-feira, mas admitiu foi necessário administrar-lhe oxigénio. A um mês das eleições — os norte-americanos vão às urnas no dia 3 de novembro —, o que já se sabe sobre o estado de saúde e a agenda de Trump.
- Trump foi transportado na tarde de sexta-feira (horário local) para o Hospital Militar Walter Reed, nos subúrbios de Washington, por precaução.
- Na segunda conferência de imprensa desde que Trump foi hospitalizado, o seu médico, Sean Conley, fez um ponto de situação nesta tarde de domingo, dizendo que o presidente "continua a recuperar" e pode ter alta já nesta segunda-feira se mantiver este progresso, sem febre e com bons sinais vitais.
- Conley, médico osteopata, comandante da Marinha e médico do Presidente norte-americano desde 2018, admitiu, porém que afinal Trump foi sujeito a duas administrações de oxigénio depois de registar quebras de oxigénio no sangue e começou a receber doses de dexametasona, um cortisteroide.
- Esta admissão surgiu depois de relatos contraditórios providenciados durante o dia de sábado. A equipa médica tinha dito que Trump se encontrava "muito bem", mas uma fonte anónima com conhecimento do processo disse que a situação de Trump era ainda “preocupante”. Mark Meadows, chefe do pessoal da Casa Branca, veio mais tarde admitir que Donald Trump passou por um período "muito preocupante" na sexta-feira.
- Trump voltou a pronunciar-se através da rede social Twitter neste domingo, publicando um vídeo no qual disse que "não se sentia muito bem" quando foi admitido no Hospital Militar Walter Reed, na sexta-feira, mas que está "muito melhor agora". "Estamos a trabalhar arduamente para que eu recupere totalmente. Penso que voltarei em breve e mal posso esperar para terminar a campanha da forma como a comecei", acrescentou.
- Mais tarde, o presidente dos EUA saiu mesmo do hospital onde se encontra numa caravana de veículos para saudar apoiantes que se encontram reunidos no exterior, tendo regressado pouco depois.
- A hospitalização é por precaução e Donald Trump está na suíte presidencial do hospital, que está equipada para permitir que o Presidente mantenha as suas funções oficiais.
- Uma porta-voz da sua administração já sublinhou que Trump não vai transferir o poder para o vice-presidente Mike Pence. "O presidente continua no comando", revelou a fonte à NBC News.
- Se Trump ficar incapacitado de governar, a secção três da 25ª emenda da constituição dos EUA prevê que a possibilidade do vice-presidente assumir a governação. Para tal, o presidente precisa de assinar por escrito para oficializar a transferência, tendo depois de fazer o mesmo quando se sentir recuperado e capaz de governar. Explicamos em detalhe aqui o processo.
- Trump está a ser tratado com anticorpos sintéticos, um tratamento experimental, e já recebeu também o medicamento remdesivir.
Ao final da manhã (meio da tarde em Portugal) de sexta-feira, o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, disse que o Presidente mostrava “sintomas ligeiros” de covid-19, com sinais idênticos aos de uma gripe, mas sem especificar quais. Melania Trump usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para também anunciar que sente “sintomas ligeiros”, mas que, em geral se está a "sentir bem".
- Além de Melania e do presidente, estão ainda infetadas vários nomes do núcleo de pessoas próximas de Trump: o senador republicano Mike Lee, a antiga conselheira Kellyanne Conway e o gestor da campanha às presidenciais de Trump, Bill Stepien.
- Horas antes de confirmar que ele e a mulher tinham testado positivo à covid-19, Donald Trump revelou que a sua assessora mais próxima estava infetada e que por isso ele e a mulher iriam fazer o teste. Saiba quem é Hope Hicks, a "intocável" assessora de Trump que terá sido a fonte do contágio.
- Tanto o candidato presidencial democrata Joe Biden como a sua vice Kamala Harris tiveram teste negativo, segundo a sua campanha.
- O vice-presidente Mike Pence também testou negativo para o vírus na sexta-feira de manhã e "continua de boa saúde".
- A infeção de Trump aumentou a incerteza em relação às eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro, arrastando os mercados internacionais para terreno negativo.
- O que ainda falta saber: Como será a campanha a partir de agora? A equipa de campanha do candidato republicano quando já veio dizer que as ações de campanha programadas vão ser mantidas de forma virtual ou adiadas. Relativamente aos debates entre Trump e Biden, o próximo, agendado para o próximo dia 15 de outubro em Miami, no estado da Florida, pode estar em risco.
[Notícia atualizada às 23h00 de 4 de outubro]
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