“Vou atribuir hoje um indulto total a Dinesh D’Souza. Foi tratado de forma muita injusta pelo Estado”, escreveu Trump, na rede social Twitter.
Dinesh D’Souza, um comentador muito crítico da administração democrata de Obama (2009-2017), foi condenado em 2014 por ter cometido fraude ao nível do financiamento eleitoral, transgressão que o próprio confessou.
O também escritor reconheceu então que tinha utilizado doadores fictícios para ultrapassar os limites de financiamento permitidos para doações pessoais para campanhas eleitorais. A campanha em questão era de uma candidata republicana ao Senado (câmara alta do Congresso norte-americano).
Na altura, foi condenado a cinco anos de pena suspensa, incluindo oito meses de trabalho comunitário.
Dinesh D’Souza, que também fez comentários controversos sobre o islão e a comunidade afro-americana, ficou igualmente conhecido pelo livro “The Roots Of Obama’s Rage” (“As raízes da raiva de Obama”, em português) e pelos documentários “2016: Obama’s America” e “A América de Hillary [Clinton]”, obras muito críticas do Partido Democrata.
Depois da mensagem no Twitter, e já a bordo do avião presidencial (Air Force One) para uma deslocação ao Texas, Trump disse aos jornalistas que estava a considerar igualmente uma comutação da sentença do antigo governador do Illinois Rod Blagojevich (democrata), condenado por corrupção, bem como atribuir um indulto a Martha Stewart, uma reconhecida apresentadora da televisão norte-americana que foi condenada por envolvimento num escândalo financeiro associado à venda de ações.
Em 2017, Trump atribuiu um indulto ao polémico ex-xerife Joe Arpaio, que tinha sido condenado por práticas policiais discriminatórias contra imigrantes ilegais.
Arpaio é atualmente candidato na corrida republicana que vai escolher o nome que irá disputar o lugar de senador do Arizona nas eleições intercalares agendadas para novembro deste ano.
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