“São oportunidades que não podemos perder e a vida das empresas e das instituições e destes grandes eventos não se faz ao mesmo ritmo com que as decisões às vezes saem por parte da DGS”, afirmou Luís Pedro Martins, à margem de uma visita a Sabrosa, no distrito de Vila Real.
O responsável lembrou que o estádio do Dragão, no Porto, é um dos que está “apontado para receber a final da UEFA Champions League deste ano, que será disputada a 29 de maio entre os clubes britânicos Chelsea e Manchester City.
“Ficamos bastante felizes com essa possibilidade. Neste momento acho que está dependente apenas de alguma resposta por parte das nossas autoridades, é importante porque mais uma vez coloca no mapa a nossa região”, salientou.
O responsável disse tratar-se de “uma competição muito mediática, com muita visibilidade por todo o mundo” e da “possibilidade de receber um número interessante de turistas, de hóspedes, num momento que tem sido tão difícil”.
Por causa da crise pandémica o setor do turismo sofreu uma queda acentuada.
“Fala-se em cerca de 12 mil [visitantes], é pelo menos essa uma das ideias, e nós apelamos para que sim, para que possam vir e ficar dentro do estádio, porque vai garantir maior segurança do que aquela que vimos recentemente”, frisou, referindo-se aos milhares de pessoas que na terça-feira se juntaram para celebrar a conquista do campeonato nacional de futebol pelo Sporting.
E acrescentou: “Para isso é preciso sermos rápidos também nesta resposta e eu espero que não seja apenas uma probabilidade, mas que seja mesmo uma certeza voltarmos a ter aqui a Champions League, com a importância que tem nomeadamente ao nível da comunicação, promoção, ajuda ao alojamento, à restauração e à animação turística”.
Segundo Luís Pedro Martins, alguns operadores turísticos referem contactos por parte do mercado norte-americano.
“Nós, neste momento, estamos a perder negócio, já no mês de maio, pelo atraso da nossa resposta em relação ao mercado americano. É sempre bom fazer um apelo à DGS para que estas decisões sejam bastante rápidas”, frisou.
O responsável disse ter a “informação diária de operadores do Porto e Norte que, inclusivamente, tinham conseguido conquistar turistas a outros territórios”, sendo que, no caso do Douro, essas conquistas dizem respeito ao Reno e ao Danúbio.
“Mas, neste momento, estamos neste impasse porque ainda não saiu a decisão e é importante que ela saia, porque nós, neste momento, não podemos perder nenhum turista, muito menos centenas de turistas, como pode acontecer”, sublinhou.
Por sua vez, o Reino Unido aprovou viagens para Portugal a partir de 17 de maio o que, para Luís Pedro Martins, é “uma boa notícia”.
“Não é um mercado tão importante para nós como é para o Algarve, mas é muito importante que este mercado possa, novamente, voltar a viajar para o país, ele tem grande expressão”, referiu.
No Douro, o Reino Unido é o quinto mercado emissor.
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