“Acredito que, embora esperando o melhor, devamos estar prontos para preparar a nossa União para os piores cenários”, no que respeita às relações com os Estados Unidos, escreveu Tusk na carta-convite hoje enviada aos líderes da UE para a reunião de quinta e sexta-feira.
“É importante termos em mente o contexto geopolítico após a cimeira do G7 no Canadá”, quando o Presidente Donald Trump rejeitou subscrever uma declaração conjunta que tinha sido acordada.
“Infelizmente, as divisões vão além do comércio”, escreveu ainda Tusk.
As relações entre a UE e os Estados Unidos estão tensas, não só devido às taxas alfandegárias impostas por Washington às importações de aço e alumínio — e já retaliadas pelo bloco europeu –, mas também pela retirada do Acordo de Paris e do celebrado com o Irão sobre armas nucleares.
Hoje, o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, anunciou que o presidente do executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, se deverá deslocar brevemente a Washington para se encontrar com Trump.
A visita, precisou, tem como objetivo “manter abertas as vias de comunicação”.
Os líderes da UE, incluindo o primeiro-ministro, António Costa, reúnem-se na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, numa cimeira dominada pela questão dos fluxos migratórios e acolhimento de refugiados, com fortes divisões entre os Estados-membros sobre a política de asilo.
No primeiro dia, os 28 irão discutir as migrações e a cimeira da NATO em julho, com a presença do secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, bem como as relações com os EUA.
No dia seguinte, os trabalhos prosseguem a 27, para análise das negociações sobre o ‘Brexit’.
Os trabalhos prosseguem com uma “Cimeira do Euro” num formato inclusivo para debater a reforma da União Económica e Monetária, onde participarão os presidentes do Eurogrupo, Mário Centeno, e do Banco Central Europeu, Mário Draghi.
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