Através de um comunicado, Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, relembra que a morte de civis pode configurar-se um crime de guerra, apelando a uma investigação “imparcial e rigorosa” para a identificação dos autores do massacre, de modo a serem julgados.
A UE salienta ainda que as forças de defesa e segurança devem ser exemplares junto da população e as autoridades devem zelar pelo respeito dos direitos humanos, sem fazer qualquer distinção.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos tinha pedido na terça-feira uma investigação ao recente massacre de civis no Burkina Faso, em que pelo menos 150 pessoas foram mortas a tiro. Para já, o massacre foi atribuído a paramilitares do grupo Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), que cercou a aldeia de Karma, na província de Yatenga, no norte do Burkina Faso, e disparou aleatoriamente contra a população.
O massacre ocorreu vários dias após a morte de oito soldados e 32 paramilitares do VDP – um grupo de voluntários civis que colabora com o Exército de Burkina Faso na luta contra grupos terroristas – numa base militar próxima.
Nos últimos meses, as forças armadas do país e o VDP realizaram ataques a outras aldeias do Burkina Faso, causando mais de 70 mortes, segundo estimativas da ONU.
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