"Isto é o espelho da desorientação do Governo, o espelho do falhanço total do Governo em matéria de serviços públicos em geral e, muito concretamente, em matéria de soberania, de justiça, de segurança interna. Isto é gravíssimo. Estas 24 horas são o espelho de quatro anos de desorientação", disse Nuno Magalhães, em declarações aos jornalistas, no parlamento.
O deputado democrata-cristão referiu a "rutura total" do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, pois "quando não se promove a imigração legal está-se a dar espaço à imigração ilegal, citou um relatório de 23 juízes presidentes de comarcas que dizem que "não há condições nas salas de audiências porque chove" e referiu esquadras de polícias fechadas porque "não têm efetivos das forças de segurança para fazer face a pedidos dos cidadãos".
Nuno Magalhães considerou ainda como mais grave a situação do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) em virtude de a operadora de telecomunicações Altice ter denunciado "um contrato por o Governo não ter dado condições para o enterramento de cerca de mil quilómetros" de cabos de comunicações, cuja empreitada foi prometida há ano e meio pelo ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita.
"Por isso, o CDS fez cinco perguntas por escrito sobre cada uma destas situações para que o país possa ficar a saber se realmente está seguro e o Governo está a cumprir a sua tarefa essencial em matérias de segurança e de Justiça", afirmou o parlamentar centrista.
A bancada do CDS-PP dirigiu cinco documentos a membros do Governo socialista, com um total de 14 perguntas sobres estes assuntos, e ainda o pagamento em falta dos suplementos de missão a 22 elementos do Grupo de Operações Especiais da PSP que estiveram no Chade e na República Centro-Africana entre 2008 e 2011 integrados no contingente das Nações Unidas.
As questões são dirigidas ao primeiro-ministro, António Costa, ao MAI e também à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.
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