A obra, publicada em 1623, foi considerada autêntica por Emma Smith, professora de estudos shakespearianos da Universidade de Oxford, o que faz deste exemplar um dos livros mais valiosos do mundo. A descoberta, que coincide com o aniversário dos 400 anos da morte de Shakespeare, a 23 de abril de 1616, eleva a 234 o total de "First Folios" existentes. Foram impressos, no total, 750.
O livro foi encontrado na chamada Mansão Mount Stuart, na ilha escocesa de Bute, onde será exposto ao público. A obra, em três volumes, pertenceu a um editor literário do século XVIII, Isaac Reed. "Quando a equipa de Mount Stuart me disse que tinha um 'First Folio', admito que pensei "Sim, está bem, e eu também", explicou Smith. "Mas quando investiguei a história da origem do livro, as marcas de água e a idiossincrasia do texto, percebi que era genuíno", completou.
Segundo a investigação, o exemplar em pele de cabra é "incomum porque tem três volumes e muitas páginas em branco que poderiam ter servido para as ilustrações". O livro é parte da coleção Bute, uma das coleções privadas de arte mais importantes do Reino Unido, preservada na mansão de Mount Stuart. O "First Folio" foi publicado pela primeira vez em 1623, sete anos depois da morte de Shakespeare, e permitiu a divulgação de obras como "Macbeth", "Noite de Reis", "Júlio César" ou "A Tempestade". É a única fonte de 18 das peças do escritor inglês.
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