Em declarações à agência Lusa, João Veloso, docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e um dos diretores desta nova instituição, explicou que, ao estar inserido na "estratégia de internacionalização" da Universidade, o Instituto Confúcio do Porto pretende "alargar os horizontes culturais dos estudantes".
"Queremos alargar a oferta educativa dos estudantes através da possibilidade de frequentarem cursos de língua diferentes daquelas que já existem e, no caso, o chinês é uma língua com uma projeção global e com uma importância estratégica e económica", apontou.
O Instituto Confúcio do Porto, que nasce de uma parceria com a Universidade Guangzhou, na China, é o quinto a funcionar em território nacional e, além de cursos de língua direcionados aos estudantes, vai também oferecer à comunidade "atividades regulares", como sessões de cinema, exposições de arte, feiras do livro, cursos de culinária, de caligrafia, de dança e até de artes marciais.
Segundo João Veloso, as atividades do instituto vão ser lecionadas por dois professores chineses e estão previstas iniciar entre setembro e outubro.
"Os primeiros cursos a abrir serão de nível básico de língua chinesa e só depois é que vamos ter mais novidades, mas a ideia é oferecer cursos não só de língua, por exemplo, aproveitando os sábados para oferecer cursos gratuitos em temas específicos da cultura chinesa", esclareceu.
À Lusa, o professor da FLUP adiantou que um dos objetivos da instituição passa também por "aproximar" a comunidade falante chinesa residente na região norte do país que, apesar de ser "muito numerosa, não está tão integrada nos circuitos culturais portugueses como a sua dimensão poderia levar a supor".
A inauguração do Instituto Confúcio do Porto, que vai ficar instalado no edifício da antiga Livraria Leitura, está agendada para esta sexta-feira, às 09:30, e conta com a presença do embaixador da China em Portugal e dos representantes das Universidades envolvidas.
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