O comité de disciplina da universidade investigou o sucedido e tomou a decisão de expulsar a aluna, apesar de o abraço não ter ocorrido no recinto daquele importante centro académico do Islão sunita, disse à agência de notícias espanhola EFE o porta-voz, Ahmed Zaree.
A decisão não é definitiva, podendo a aluna ainda recorrer perante o Comité de Disciplina Supremo, que decidirá se “confirma, reduz ou anula o castigo”, acrescentou.
O porta-voz argumentou que a Universidade de Al Azhar “tem um caráter especial” por ser um centro religioso e as suas decisões coerentes com “os valores da sociedade” egípcia, na qual a maior parte dos cidadãos praticam o islamismo sunita e seguem tradições conservadoras, sobretudo aquelas que dizem respeito às relações entre homens e mulheres.
Ahmed Zaree sublinhou a importância de impor “um castigo forte, que seja coerente com os valores da Universidade”.
A aluna, que não foi identificada com nome próprio ou apelido, tem sido chamada pelos meios de comunicação social locais de “a rapariga do abraço”.
A rapariga foi filmada depois de um rapaz se ter ajoelhado à sua frente com um ramo de flores, pedindo-a em casamento, abraçando-a de seguida e pegando-lhe ao colo, e rodopiando abraçados.
O episódio decorreu no campus de uma outra universidade do Cairo, a Universidade de Mansura.
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