“Não é perigoso sair em Lisboa. Lisboa continua a ser e será uma cidade segura e não são casos isolados e pontuais que vão determinar que a cidade sofra as consequências da eventual insegurança que as imagens traduzem”, disse aos jornalistas o comandante da primeira divisão de Lisboa da PSP, na conferência de imprensa para explicar as medidas de segurança para a conferência global de tecnologia Web Summit.
O subintendente Paulo Flor adiantou que a PSP “naturalmente tem a perfeita noção da carga negativa que as imagens traduzem”, mas lembra que estas dizem respeito “exclusivamente a uma casa de diversão noturna”.
O comandante da primeira divisão de Lisboa, que tem como áreas de policiamento as zonas do Bairro Alto e do Cais do Sodré, sublinhou que o caso da discoteca Urban Beach “não pode pôr em causa a segurança de toda uma cidade”.
Paulo Flor disse ainda que a resposta da sua divisão “tem sido adequada e necessária”.
O subintendente Paulo Flor respondia às questões dos jornalistas sobre a segurança na noite de Lisboa, depois de, na semana passada, ter sido tornado público um vídeo que mostrava seguranças a agredir dois jovens junto às instalações da discoteca Urban Beach, em Lisboa.
Depois da divulgação do vídeo, o Ministério da Administração Interna ordenou o encerramento do espaço, na madrugada de sexta-feira, justificando a decisão não só com o episódio de quarta-feira, mas também com 38 queixas sobre a Urban Beach apresentadas à PSP desde o início do ano, por alegadas práticas violentas ou atos de natureza discriminatória ou racista".
A discoteca vai ficar fechada durante seis meses.
Os três seguranças foram ouvidos, no sábado, no Tribunal de Instrução Criminal, que decretou prisão preventiva para dois deles por suspeita de tentativa de homicídio, enquanto o terceiro saiu em liberdade, tendo-lhe sido imputado o crime de ofensa à integridade física.
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