Na Polónia, o país mais afetado, seis pessoas morreram hoje, com o termómetro a baixar até aos 20 graus Celsius (ºC) negativos em algumas regiões, anunciou o centro governamental de Segurança Nacional (RCB, na sigla em polaco).
Na Roménia, “seis mortes devido a hipotermias” foram contabilizadas ao nível nacional em seis dias, anunciou o Ministério da Saúde, no seu primeiro balanço oficial.
O conjunto do território foi colocado em alerta ‘temperaturas glaciais’ na terça-feira. O termómetro desceu até aos 32ºC negativos no centro do país, com o frio a provocar o encerramento de escolas em Bucareste e no departamento de Constanta, no sudeste.
Nos Balcãs, foram pelo menos sete as mortes relatadas nas últimas 24 horas – Sérvia (3), Macedónia (3) e Albânia (1) – pela imprensa local.
No sul da Sérvia, onde as temperaturas desceram abaixo dos 20ºC negativos, morreram de frio um homem de 88 anos e o filho de 64 na localidade de Duga Poljana.
No leste do país, a televisão sérvia, RTS, relatou a história de um homem que caiu num buraco profundo, do qual não foi capaz de sair durante dois dias, sobrevivendo a temperaturas inferiores a 20ºC negativos. Socorrido, por fim, por um vizinho, este homem, cuja idade não foi revelada, foi internado.
A navegação no Danúbio foi suspensa hoje até nova ordem, por causa dos pedaços de gelo que se formaram no rio e os portos no Mar Negro foram encerrados por causa dos fortes ventos.
Na Grécia, um navio da Marinha de guerra deveria sair de Atenas hoje esta noite para a ilha de Lesbos, para acolher centenas de refugiados e migrantes que aí vivem em tendas, depois das quedas de neve nos últimos dias.
A embarcação pode “receber 500 pessoas” que estão a viver em condições miseráveis, afirmou o porta-voz da marinha de guerra, vice-almirante Spyridon Pollatos, à agência noticiosa AFP.
Esta vaga de frio vindo da Escandinávia afeta a Europa desde o fim da semana passada, provocando vítimas em outros países do Leste, como República Checa ou Bulgária, designadamente entre sem abrigos e migrantes, mas também na Macedónia, Bielorrússia ou Itália.
Comentários