“Apesar de muitos resultados relativos a este mês estarem ainda por apurar, observou-se uma heterogeneidade considerável entre as várias regiões. Assim, por exemplo, o Norte tem um valor estimado para esta variante de cerca de 20%, enquanto se estima que em Lisboa e Vale do Tejo esse valor exceda já os 70%”, refere o relatório das “linhas vermelhas” da pandemia hoje divulgado.
De acordo com o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional Doutor Ricardo Jorge (INSA), a variante Delta, considerada pelos especialistas mais contagiosa e classificada como de preocupação pela Organização Mundial de Saúde, está em “rápida expansão” em território continental, “à semelhança do que aconteceu no Reino Unido”.
“Com base na sequenciação genómica, a estimativa da proporção de casos SARS-CoV-2 da variante Delta para Portugal continental, de 2 a 15 de junho, foi de 51%”, refere o INSA, que avança ainda que apenas 3% devem pertencer à sublinhagem com a mutação de interesse K417N, designada como Delta Plus.
O documento recorda também que a variante Alpha, associada ao Reino Unido, foi a dominante durante maio, mas as autoridades de saúde estimam agora que a Delta “se tenha já sobreposto a esta à data atual”.
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