De acordo com a Reuters, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta quarta-feira a Monkeypox (Mpox) uma emergência global de saúde pública pela segunda vez em dois anos, após um surto da infecção viral na República Democrática do Congo se espalhar para os países vizinhos.

Este é o alerta mais elevado que a OMS pode emitir e acontece um dia depois de a mpox ter sido declarada uma emergência de saúde pública em África, como noticiou o SAPO24.

Determinar um surto da doença como uma "emergência de saúde pública de interesse internacional", ou ESPII, pode acelerar a pesquisa, o financiamento, as medidas e a cooperação internacional de saúde pública para conter a propagação.

Saiba algumas informação que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza sobre a infeção:

O que é a infeção por vírus Monkeypox?

A infeção por vírus Monkeypox (VMPX) é uma doença zoonótica, o que significa que se pode transmitir de animais para humanos. Também se pode transmitir entre pessoas.

O termo “varíola dos macacos” não se refere à infeção humana, mas sim à infeção nos animais. De referir que não se trata de varíola, doença humana que foi erradicada em 1980.

Quais são os sintomas da infeção humana por vírus Monkeypox?

A infeção humana por vírus Monkeypox apresenta-se com o aparecimento dos seguintes sintomas:

  • Lesões na pele ou mucosas
  • Queixas anogenitais (incluindo úlceras)
  • Febre (>38,0ºC)
  • Dores de cabeça
  • Cansaço
  • Dores musculares
  • Gânglios linfáticos aumentados poucos dias antes da erupção ou em simultâneo

As lesões na pele ou mucosas tornam-se vesículas com conteúdo líquido e, finalmente, formam-se úlceras e crostas que acabam por cair.

Quanto tempo podem durar os sinais e sintomas?

Estes sinais e sintomas, geralmente, duram entre 2 a 4 semanas e desaparecem por si só, sem tratamento.

Como é que o vírus Monkeypox se transmite de pessoa-a-pessoa?

A transmissão humana de vírus Monkeypox pode ocorrer através da pele e das mucosas ocular, nasal, oral, genital e anal.

A transmissão entre pessoas, geralmente, verifica-se por contacto:

  • Próximo, especialmente, face-a-face sem proteção adequada, e no contexto de relações que impliquem contacto íntimo e prolongado;
  • Com objetos contaminados por uma pessoa infetada: vestuário, roupas de cama, atoalhados, materiais, utensílios e objetos de uso pessoal ou outros;
  • Direto sem proteção adequada com lesões da pele, pus, crostas e contacto direto ou indireto com fluidos corporais infecciosos.