“A venda de combustível na última semana foi em 30% superior a uma semana comparável […]. Alguns postos estão a comprar o quádruplo do que é habitual comprarem”, assegurou o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, numa conferência de imprensa, no Ministério do Trabalho, em Lisboa.
Para o governante, estes indicadores revelam que “as pessoas estão a preparar-se para esta greve” dos motoristas, que começa na segunda-feira, por tempo indeterminado.
Na terça-feira, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) afirmou que “é verdade e é notória” uma maior afluência aos postos de abastecimento em Portugal, mas garantiu que “não há razão para alarme”, pois “não há falta” de combustível.
“Não há postos de abastecimento, que pertençam aos nossos associados, que estejam sem combustível”, garantiu, na altura, à agência Lusa João Reis, assessor para a Comunicação da Apetro, adiantando que “há sim uma maior afluência" e isso "é notório e verdade”, mas “não há razão para alarme”.
De acordo com o mesmo responsável, “do lado da procura, para minimizar os efeitos da greve dos camionistas, quaisquer que sejam os setores, e para que as perturbações sejam mínimas, estão a ser mantidos os 'stocks' no máximo e as empresas petrolíferas estão a fazer o planeamento dos postos de combustíveis [da rede dos associados da Apetro]”.
Na conferência de imprensa de hoje, o ministro do Ambiente decretou preventivamente o estado de emergência energética, que vai permitir a constituição da Rede Energética de Postos de Abastecimento (REPA) e “garantir a prontidão” dos serviços de segurança.
No âmbito da REPA, foram estipulados 54 postos prioritários e 320 postos de acesso público, sendo que nestes últimos o abastecimento foi racionado em 15 litros por veículo.
Tendo em conta o período de férias, o Governo reforçou também a rede no Algarve.
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