O Comité do Património da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) está reunido em Fuzhou, na China, tendo anunciado ao governo italiano que Veneza não será incluída na lista das cidades Património da Humanidade em risco.
O anúncio surge dias depois de o governo italiano ter decidido que, a partir de 01 de agosto, os grandes navios de cruzeiro estão proibidos de entrar no centro de Veneza.
A medida visa preservar a zona histórica da cidade e a lagoa veneziana, em resposta não só às advertências anteriormente feitas pela UNESCO como às preocupações ambientais e de segurança surgidas ao longo de décadas, devido ao intenso tráfego de grandes embarcações turísticas.
Com efeito, o fim da passagem de grandes navios foi uma das condições impostas para evitar a retirada da lista de cidades consideradas como Património Mundial da Humanidade.
Veneza faz parte da lista do Património Mundial da UNESCO desde 1987. Em 2012, a UNESCO tinha já apelado ao governo de Itália para que procurasse alternativas ao tráfego marítimo nos canais venezianos.
O ministro da Cultura, Dario Franceschini, congratulou-se com a decisão tomada agora pela UNESCO, admitindo que Veneza continua debaixo de "elevada atenção mundial" e que "é dever de todos" trabalhar para a proteção da cidade.
Do governo italiano, a UNESCO quer receber um relatório atualizado sobre o estado de conservação da cidade até 2022, um plano e um calendário de execução de medidas preventivas antes da nova reunião do Comité do Património, marcada para 2023.
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