O Air Force One aterrou em solo britânico cerca das 9h00 no aeroporto londrino de Stansted. Minutos antes, o presidente publicou um tweet no qual chama Khan de "falhado".
"@SadiqKhan, que tem feito um péssimo trabalho enquanto mayor de Londres, foi estupidamente desagradável perante a visita do Presidente dos Estados Unidos, que é, de longe, o mais importante aliado do Reino Unido", escreveu Donald Trump.
"Ele é um falhado que devia preocupar-se com o crime em Londres, não comigo. Lembra-me o nosso muito burro e incompetente 'mayor' da cidade de Nova Iorque, de Blasio, que também fez um péssimo trabalho", continuou o presidente dos Estados Unidos.
O autarca de Londres, do Partido Trabalhista, criticou nos últimos dias a recepção ao presidente norte-americano com todas as honras de uma visita de Estado, que inclui um banquete no palácio de Buckingham e uma visita a Downing Street.
Khan comparou, este domingo, num artigo publicado no semanário The Observer, a linguagem de Trump com a dos "fascistas do século XX" e inclui o presidente dos EUA no mesmo grupo que os "extremistas" Viktor Orban na Hungria, Matteo Salvini na Itália, Marine Le Pen na França e Nigel Farage no Reino Unido.
Em julho do ano passado, Trump esteve no país três dias, mas encontrou-se com a primeira-ministra, Theresa May, em Chequers Court, a residência de campo, a 70 quilómetros de Londres, e com a Rainha Isabel II no palácio de Windsor, a 42 quilómetros da capital.
Desta vez, o programa começa com uma cerimónia de boas vindas no Palácio de Buckingham pela Rainha e pelo Príncipe de Gales, Príncipe Carlos, e a Duquesa da Cornualha, Camilla, e a chegada será assinalada com salvas de canhão em Green Park e na Torre de Londres.
Após um almoço privado no Palácio para Trump e a mulher, Melania, a Rainha vai conduzir o chefe de Estado norte-americano numa visita a uma exposição com peças da coleção real de importância histórica para os EUA.
Seguem-se uma visita à Abadia de Westminster, onde o Presidente depositará uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, chá em Clarence House com o príncipe Carlos e Camilla, e um Banquete de Estado à noite no Palácio de Buckingham, oferecido pela rainha.
Na terça-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, organiza um pequeno-almoço de negócios com empresários dos dois países, após o qual recebe Trump na residência oficial, em Downing Street, para almoço, seguido por uma conferência de imprensa.
É neste dia que se espera uma grande manifestação no centro de Londres, onde os organizadores esperam que volte a figurar o chamado “baby blimp”, um balão de seis metros que representa Trump de fralda e um telemóvel na mão.
À noite, Trump oferece um jantar de agradecimento na residência do Embaixador dos EUA, no qual o príncipe Carlos vai participar em nome da rainha.
“A visita de Estado é uma oportunidade para fortalecer a nossa relação já próxima em áreas como comércio, investimento, segurança e defesa, e para discutir como podemos construir esses laços nos próximos anos”, afirmou Theresa May.
Um acordo comercial entre é considerado crucial para o futuro pós-Brexit da economia britânica, mas Trump nem sempre foi encorajado sobre este tema e, durante a visita em 2018, chegou a dizer que uma parceria próxima com a União Europeia “provavelmente eliminaria” um acordo de livre comércio entre Washington e Londres.
Porém, recuou apenas 24 horas mais tarde e prometeu um “grande acordo comercial bilateral com o Reino Unido”, desdizendo as críticas a May sobre o ‘Brexit’ e admitindo que é “negociação muito complicada”.
Na quarta-feira, Trump, a Rainha, o príncipe Carlos e outros chefes de Estado ou de Governo participam num evento comemorativo em Portsmouth, no sul de Inglaterra do 75.º aniversário do desembarque do Dia D das forças aliadas que contribuiu para a derrota da invasão nazi na II Guerra Mundial.
* Com agências
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