O Plenário é uma iniciativa pensada para alargar o debate nas legislativas de 6 de outubro a quem tenha ideias para apresentar para uma melhor governação do país. Há muito para discutir antes da ida as urnas e é por isso que queremos começar já a pensar o país que vamos ter (e ser) nos próximos quatro anos — e contamos com o seu contributo. Assim, lançámos o desafio, em forma de pergunta: Se fosse primeiro-ministro ou primeira-ministra nos próximos quatro anos, qual era o problema que resolvia primeiro? Ou, perguntando de outra forma: qual seria a sua prioridade para o país?
Vítor Esperança, de Almada, juntou-se ao Plenário, leia aqui o seu contributo na íntegra:
Qual a minha prioridade para os próximos 4 anos? Uma mediada de alto impacto e para vários anos, e que na minha visão alteraria o chamado interior do país: Iniciar estudos para mudar a capital de Lisboa para o Interior
Atualmente, estamos bem dotados de vias de comunicação. A própria noção de interior está esbatida parque a distância/tempo entre o interior e a periferia/litoral diminuiu substancialmente. Contudo o interior só será recuperável se houver gente.
Mais de 50% dos concelhos do país têm indicadores que os classificam como zonas de baixa densidade e isso significa que daqui a alguns anos há situações em que atualmente se está a investir que perderão por falta de manutenção e gente.
Para onde [deslocar a capital]? Essa será a polémica que surgirá sempre que se pretende fazer qualquer coisa diferente neste país.
Sugiro 2 locais:
1 – Que tal na Melriça (Vila de Rei) , considerado o centro geográfico do pais?
Teria como vantagem abafar as tretas de “localização favorecida” que certamente muitos “especialistas” surgiriam esgrimir. Desvantagem? Teria que ser uma cidade de raiz e certamente o país não teria dinheiro….
2 – Ou então uma cidade do interior, com alguma dimensão, como por exemplo Castelo Branco. Tem certamente infraestruturas, inclusive a nível do ensino superior e a transferência de serviços da capital atual até poderia ser programada. É uma cidade com localização em altitude superior a Lisboa, o que poderá trazer vantagens a longo termo, e com reconhecida qualidade de vida. A Sul o concelho confina com Espanha. A cidade/região expandir-se-ia e o interior poderia ser revitalizado. É um enorme problema de mobilidade? É. Mas a mobilidade sempre foi e é um problema encarado com desconforto pelos portugueses.
Creio que poderá ser um assunto para discussão a introduzir para os próximos 4 anos.
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Queremos também o seu contributo para pensar o país. As legislativas acontecem a 6 de outubro, mas a discussão sobre o país que queremos ter (e ser) nos próximos quatro anos começa muito antes da ida às urnas. É esse o debate que o SAPO 24 quer trazer — e contamos consigo.
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