“Estamos extremamente preocupados com a guerra em Gaza e o desenrolar de uma situação humanitária catastrófica. Gaza está a enfrentar fome severa, isto é inaceitável, é essencial chegar a acordo sobre um cessar-fogo já, que liberte os reféns e permita mais acesso humanitário”, disse Ursula von der Leyen.
Em conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente do executivo comunitário assegurou que continua a haver um diálogo construtivo com Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
Na sequência de alegações feitas por Israel, ainda por comprovar, de que funcionários daquela agência das Nações Unidas tinham colaborado com o movimento islamita Hamas no atentando de 7 de outubro de 2023, a Comissão Europeia disse que ia avaliar as contribuições futuras até haver confirmação destas acusações.
No início de março, a Comissão avançou com o pagamento de 50 milhões de euros para a UNRWA, mas a previsão era de que contribuísse com 88 milhões de euros, como indicou em fevereiro o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Ursula von der Leyen foi amplamente criticada no final de 2023 pela posição que assumiu face ao conflito no território palestiniano, por apenas referir a libertação dos reféns israelitas, quando já havia críticas à intervenção militar de Israel, considerada desproporcionada, e que até hoje provocou a morte de pelo menos 30.000 pessoas, de acordo com estimativas feitas pelas autoridades palestinianas.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 31 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.
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